As crônicas do velho no trem- Apresentação

Olá, variáveis!!! Venho trazer com muito orgulho o texto de apresentação do personagem Oliveira, um camarada que escreverá diversas crônicas reflexivas para vocês, após lerem a apresentação entenderão melhor do que estou falando.


Desenho produzido por Gabriel Pêra

O velho no Trem 

Meu nome é Oliveira, eu estou morto há 77 anos. Exatamente, como pensastes, sou um fantasma. Se fôssemos considerar a existência da alma, teria 156 anos, um tempo considerável. De 1861, data em que nasci, até os dias atuais, muitas coisas aconteceram nesse mundinho terreno. Guerras e revoluções; queda de monarquias e repúblicas proclamadas; inovações tecnológicas e suas consequências... As coisas mudaram e muito, mas não estou aqui para falar de história, bem, digamos que não diretamente.
Que eu sou uma alma penada vocês já compreenderam, do contrário seria como uma múmia egípcia, ou como vocês chamam agora, eu seria um verdadeiro "zumbi" com todos esses anos em minhas costas.
            Ainda falando sobre ser um fantasma, saibam que não é nada fácil, parece atraente ter a eternidade, viver anos e anos, sem um fim eminente. O fato é que o meu fim já aconteceu, queira pareça, queira não pareça. Jamais serei o garoto de vinte anos que tinha todo um caminho pela frente, verdade que tecnicamente ainda estou vivo, embora quase ninguém me veja, o problema real é que o que faço não tem mais importância, não tenho impacto na sociedade, a realidade é que nem existo mais nela. Existo apenas no mundo astral, procuro não pensar muito na minha situação, como me tornei um fantasma; se tenho uma missão; evitar essas questões me faz não perder a cabeça, mais uma vez... A propósito, morri decapitado, e não, minha cabeça fantasmagórica não está descolada do pescoço. Na verdade, não foi bem "decapitado", o meu pescoço estava mais para esmagado, pela minha própria casa, se me permitem o comentário, acredito que nem mesmo ela gostava tanto da minha pessoa. Bom, aparentemente quando morremos o nosso espírito fica livre das marcas, com exceção das que o próprio tempo provoca, algo que polpa bastante a visão dos médiuns, não é mesmo? 
De forma resumida, sou um fantasma de um velho que vaga pelo mundo, acredito que com aspecto cansado, afinal são bons 77 anos de não vida. Costumo evitar as perguntas existencialistas e não existencialistas que tenho no meu interior, se é que existe um interior aqui, mas ironicamente observar e analisar as questões humanas se tornou um verdadeiro deleite para a minha pessoa. Quando se está morto e não se pode comer ou dormir, duas das grandes graças da vida, a consequência é se tornar um filósofo, meio psicólogo, meio sociólogo de meia tigela. Sim, muitos meios, muita insolidez além do meu próprio corpo semitranslúcido. 
            Sendo eu este ser vagante analítico, que lugar seria mais adequado como minha casa do que um vagão de trem? Isso mesmo, vou "vagando de vagão em vagão", como as próprias pessoas fazem nas fases da vida carnal, um trocadilho estúpido de que gosto bastante. Verdade que já não fazem mais trens elegantes como antigamente. Saudades de toda aquela pompa que presenciei... Agora o nome da coisa que anda pelos trilhos é "metrô", assim que os carnais os chamam. Confesso até que este meio de transporte está mais ágil e tudo mais, contudo o luxo e conforto se foram, pelo que tenho observado e ouvido, luxo mesmo é que a pessoa ao seu lado esteja limpa e cheirosa. Sorte a minha de não ser capaz de sentir cheiros. 
Pois bem, este cara sou eu, ou melhor, este plasma sou eu. Agradeço imensamente a não vida por convenientemente existirem papéis e canetas fantasmas, na realidade sou grato por existirem fantasmas de tantas coisas, uma pena apenas que não haja comida para seres como eu. Enfim, o bom é que com o papel e a caneta, expresso o meu vazio e as reflexões, estas últimas ao menos podem ter algum valor se um dia chegarem a ser vistas.



Música para permear a história em vocês

Foi isso, pessoal, este é o Oliveira e ele irá marcar ponto nesta nova coluna com suas reflexões sobre a vida, aos poucos vocês saberão um pouco mais sobre o próprio personagem. Espero que tenham gostado, se sim, acompanhem o blog para não perderem nada sobre este velho fantasma.

Não se esqueçam de curtir e compartilhar nas redes sociais, os botões estão aqui embaixo. Deixem também seus comentários, eles são de extrema importância.

Beijão!!! Até a próxima. 😉💓



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Tudo sobre o blog em cinco perguntas e respostas

Olá, variáveis!!! Aos interessados na história do blog, falarei sobre como tudo começou nesse post.


A história por trás do nome:

Certo dia, um amigo meu, na época da oitava série, disse que eu era uma icógnita, uma pessoa indecifrável devido a sua variabilidade, isto me marcou de uma forma tão profunda que nunca fugiu da minha mente e acredito que nunca sairá. O por que de ter me afetado tando? Acredito que o meu eu de 2013 se espantou em ver que uma palavra poderia definir tão bem o que eu era e o que o próprio mundo representava para mim. Foi com esse momento que meu futuro blog foi batizado de Variável.S, simbolizando num princípio as variações do meu eu, meus gostos e opiniões.

A simbologia que o Variável passou a carregar:

Com o tempo o nome foi ganhando um significado muito maior do que o original, passei a perceber que tudo representava uma grande variação e também como podemos encarar as situações da vida de variadas formas, de repente tudo ao meu redor se tornou variável, inconstante, mudança contínua, metamorfose, amadurecimento, diversificado. Hoje diria que este blog representa toda uma ideologia pessoal, mas que pode ser entendida por todos. 

O porquê de as colunas começarem com a letra S:

Esta resposta é um tanto quanto óbvia, mas deixem-me explicar, como no princípio o foco do nome eram as diversas facetas de eu mesma, acabou que as matérias foram batizadas com a inicial S para criar um padrão. Mesmo com a mudança do simbolismo trazido pelo nome do blog, não quis alterar o que de fato se tornou representativo e que julguei interessante.

Qual foi a minha motivação?

Com catorze anos eu era uma garota com a cabeça cheia de ideias, das boas as bobas. De alguma forma eu precisava colocá-las para fora e o blog, originalmente um perfil de Instagram onde eu falava sobre moda (ou ao menos tentava), se mostrou uma forma incomparável de expressão e estímulo criativo. A cada post, mesmo estes sendo poucos, fui me apaixonando mais por dividir ideias com outras pessoas, mas principalmente por criar. 

No que isso deu?

Ao final desta aventura "blogástica", acabei por me tornar aspirante a jornalista e escritora, escrever ocupou um espaço gigante em meu coração e em minha mente. O blog me ajudou a me encontrar, a me descobrir por completo, diria com toda certeza que uma verdadeira terapia, por aqui eu deixo de lado o estresse e teço as rédeas dos meus pensamentos, faço e desfaço, mando e desmando. Aqui é liberdade pura. 


Foi isso, pessoal. Espero que tenham gostado das curiosidades e detalhes.

Beijão!!! 😉💓





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Selecionados: Playlist Feve/Març


Olá, variáveis!!! Vamos de música? As melhores para os melhores leitores, a seleção deste mês está bem eclética. Lembrando que objetivo deste post é levar músicas e cantores diferenciados até vocês, não é sobre o meu gosto e sim sobre conhecer coisas novas. Também não é apenas para que gostem, é para que vejam quantas canções e cantores diferentes existem, o quanto velhos e novos tem o seu valor, para quebrar padrões. Confiram.


Lá vai a playlist Feve/Març:


Esta primeira é uma novidade da Lord, que este ano está nos iluminando com um novo álbum, Melodrama,  este é o segundo da neozelandesa. Em Green Light, primeiro clipe de Melodrama, Lord aparece de long bob e um vestido fúcsia que vale ser destacado (maravilhoso). Agora falando sobre a música em si, a dica é colocá-la no volume máximo e dançar como se não houvesse amanhã, o ritmo é envolvente e uma junção fascinante entre o antigo e o moderno. 


Música é arte e isto é fato, acontece que a banda islandesa Of Monsters and Men leva tal afirmação a outro patamar, suas músicas são também histórias e seus clipes são o complemento perfeito, basta assistir a um vídeo para compreender o que estou falando. A escolhida para representar a banda por aqui foi Dirty Paws, uma que vocês irão colocar no replay, certeza. Prestem atenção na letra, com uma boa interpretação pode dizer muita coisa...



Ariana Grande e Mac Miller já estiveram juntos no single The way, os fãs aguardavam uma nova parceria e em dezembro do ano passado ela se concretizou com a música My Favourite part. Eu como uma bela desavisada só a descobri em fevereiro, hoje penso no quanto perdi, esta canção é deliciosa, esta é a palavra, a mistura de gêneros musicais em perfeita harmonia é fantástica, o arranjo é tão bom que a voz vira só complemento, mesmo sendo essencial. De longe a melhor música com Ariana Grande (minha opinião).


Para a tristeza dos fãs, até onde sei Katy Perry não lançará nenhum álbum no ano de 2017, entretanto a gata lançou uma música, Chained to the Rhythm, com clipe característico de Katy e tudo. Confesso que a princípio a música não me cativou nadinha, achei a batida irritante e fiquei até frustrada, mas a letra mudou a minha visão, a crítica enorme entre os versos é capaz de fazer qualquer um repensar sobre. A ideia é escutá-la com atenção, não só com os ouvidos, mas com a mente, se você não sabe inglês é super válido olhar a letra. ~ Don't live in a bubble!


Na linha músicas reflexivas e com mensagens fortes por trás, The Kids don't wanna come home é uma opção fortíssima, demonstra a confusão de ser jovem e como os pais podem representar uma grande mentira, assuntos tão fortes que dariam diversos outros posts. Por hora escutem a música e pensem no quanto dela é verdade. Só para informá-los melhor, o cantor e compositor da música é o Declan Mckenna, um garoto inglês de 19 anos que ganhou espaço no mundo da música em 2015, após o single Brazil.


La La Land foi um dos maiores estouros deste ano, não havia como deixar de colocar o tema desse musical por aqui. City Of Star é um retrato dos sonhos de vários artistas em Los Angeles, exala amor pela arte. Aos que ainda não assistiram ao filme eu os digo que se gostam de coisas bonitas aos ouvidos e aos olhos o acharão magnífico. Uma ressalva ao figurino, como amante de moda fiquei bem em dúvida se ele merecia ter perdido na categoria para o filme Animais Fantásticos e onde habitam. Fica a dúvida.


Brasileiríssimos de plantão, os trouxe Lenine, meu rei. Esse pernambucano representa muito bem a música popular brasileira, creio que ele já andou aqui pelo blog, se não me engano. A música em questão faz parte de seu DVD acústico pela MTV, ela é só uma de inúmeras e belas canções. A dica é procurar por outras, embarquem na vibe deste poeta.


Para fecharmos trouxe uma música que de nova não tem nada, embora ainda assim represente o cotidiano de forma plena. Não deixem de escutar Diariamente da Marisa Monte, vejam o quanto a vida tem seu lado simples "Para isto, aquilo".


Foi isso, pessoal. Espero que tenham gostado do post. Não deixem de comentar o que acharam e de compartilhar nas redes sociais. Acessem outros posts recomendados. 😋

Beijão!!! 😉💓
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